Era mais fácil quando eu era sozinha, não que eu tenha alguém agora, mas antes era mais simples.
Eu dormia todas as noites sozinha e na minha cama cheia de travesseiros. Eu não tinha ninguém mas eu me tinha, continuo sem ter ninguém, mas não me vejo muito por aqui. Não tenho o costume de não me ver, nunca aceitei isso com facilidade. O jogo é divertido, é gostoso, mas eu que estou em jogo, eu que estou ali exposta pra caralho. Eu que espero, que aceito, que entendo, que agrado. Eu que choro, morrendo de medo por não saber de nada.
Eu sou melhor sozinha por que eu cuido de mim, eu sei o que fazer quando eu estou me sentindo.
Sou melhor sozinha por que não gosto de pressionar ninguém, por que não quer ninguém obrigado ao meu lado. É triste quando tudo o que a outra pessoa pode te dar, é pouco pra suprir tudo aquilo que você precisa.
E é mais triste ainda não ter coragem de dizer e aguentar toda a carência sozinha, deitando na cama cheia de travesseiros e sentindo falta de um abraço, passando noites em claro.
Dormindo e acordando sozinha.
E sempre sentindo falta da minha companhia na solidão.
A realidade só serviria á ficção como lente de distorção, nunca como espelho. F. Young
sexta-feira, 28 de setembro de 2012
segunda-feira, 24 de setembro de 2012
Por falar em saudade...
Mudando de assunto rapidinho, meus seios sentem a falta das
tuas mãos. Acho isso muito curioso, como pode uma parte de minha sentir mais a
tua falta que outras?
Meus seios se sentem teus mais que as outras partes, como se
teu toque fosse o perfeito e minhas mãos não fossem mais dignas de toca-los. Parece
de fato absurdo essa saudade toda que ando sentindo de você. A ausência do
toque me faz lembrar de tudo, de quase todas as vezes que me tocou, das com
suavidade as que me pegou com força. Meu corpo tem a marca das tuas mãos com a
suavidade de alguém que sempre me olha com carinho.
O frio não teve pena de mim, passei a tarde perdida em meio aos
meus livros, lendo amores e pensando em nós. De todos os temas do mundo eu só
consigo pensar em saudade. A semana começou e eu não te dei nenhum beijo de bom
dia, ela vai passar e eu não vou poder ir tomar um chopp ou ir ao cinema
contigo.
Me deu saudade da estação, de sempre chegar
primeiro e na hora de ir embora, ficar enrolando pra ir, só pra poder te curtir
mais um pouco. Vir no metro com meu corpo quente e com teu cheiro.
Essa saudade que me aberta num tom de imediato, que me faz
chorar como se eu só fosse te ver daqui à anos, são apenas alguns dias, eu sei.
Eu leio e releio seus emails, eu
tento abraçar lembranças, eu busco na memoria as coisas que já me disse.
Lembro dos teus braços a me envolver e me apertar, como se quisesse ter certeza
que eu não iria a nenhum lugar.
Minha cama sente tua falta mesmo sem você nunca ter estado
nela.
Dizem que quem tem saudade tem pressa. Eu tenho pressa pra
que esses dias passem logo, pra que setembro acabe.
Talvez seja só questão de costume, ou a meus hormônios estejam
brincando comigo e causando o suposto exagero, mas eu realmente estou com
saudade.
Eu to com saudade do barulho da sua risada, e olha, eu nem
sabia que isso era possível.
Sinto falta de todo o seu conjunto, do seu completo. De
você. De nós.
quinta-feira, 20 de setembro de 2012
Meu jogo, suas regras.
O dia foi de muito calor, o vento não soprava, o relógio não anda. O
calor pinica, incomoda, parece minha consciência no momento. Me olho no
espelho e me sinto idiota, vejo a forma que os meus amigos me olham e me
sinto pior. Ninguém sabe tudo o que já aconteceu e ainda acontece, eu
conto pequenas coisas, fatos costumeiros que eu já nem ligo mais, e com a
distorção visual que esse sentimento me causou eu chego a achar que
tudo é normal.
As vezes eu fico feliz, mas vezes que estamos
juntos. Eu queria ser aquela que passa o final de semana junto, mas eu
fico feliz em ser o sexo durante a semana, as vezes de manha e as vezes a
noite. Eu brinco com seus cabelos desgranhados e tento imaginar uma
relação, lhe faço carinhos e o escuto falar sobre as outras. E o que
seria eu?
Esses encontros valem os meus dias e destroem as minhas
noites, me corroem os sentidos com ciumes. Eu sou uma mulher, tente
entender. Quem nunca passou por isso?
Quem nunca aceitou coisas
fingindo que não se importa só pra poder estar com a sua paixão? Quem
nunca engoliu ciumes a seco pra fazer um estilo de mulher moderna? Quem
nunca aceitou foder quando queria amorzinho olho no olho? Quem nunca
justificou os erros de um cafajeste com a suporta sinceridade dele?
Ninguém pode me julgar... Só eu.
Eu ligo o ar do meu quarto e espero a temperatura descer. Deito e penso em tudo.
Sei
que sou mais que isso, mas também sei que preciso dele... daqueles
olhos, mãos, cheiro e daquele senso de humor escroto. Os olhos me passam
uma Inocência absurda, um olhar de "eu não fiz nada''. A cafajestagem
que faz e diz tudo. Até a barata que suja que sai de um bueiro sabe que
ele não me quer. Eu mais do que ninguém sei que se ainda sou o sexo do
meio da semana, é por que eu me encolhi e me fiz uma mulher mediócre pra
caber na mão dele.
Ocasionalmente eu me pego com ciumes e
jogando indiretas pra mulheres que não teriam capacidade pra frequentar o
meu ciclo de amigos, essas mesmas mulheres que não são pior que eu.
Somos todas usadas, diminuídas e nos prestamos a esses papeis. Ele faz com que eu me sinta unica mesmo sem ser. Mesmo que seja só por umas horas.
Meu
quarto já esta frio, eu me deixo e sinto o corpo relaxar, as lembranças
vem como brisa suave com o seu perfume. Um sorriso vem no canto os meus
quase ao mesmo tempo que meu cabelos são molhados pelas minhas
lagrimas.
O clima aqui ainda é frio é o relógio não anda, meu celular não toca... Mas eu ainda espero.
Tão criança que sonha. Tão adolescente imatura. Tão mulher, mulherzinha idiota.
Eu tenho que esperar, daqui a mais ou menos três dias ele liga, meu dia vai chegar e eu preciso estar linda. .
segunda-feira, 17 de setembro de 2012
Nada de interessante.
Não me lembro de quando comecei, não sei ao certo quando eu tive a brilhante ideia de escrever as histórias que se passavam pela minha cabeça. Eu faço histórias, eu crio amores, eu crio textos sobre dores. Eu crio com o poder que eu me concedi de escolher os desfechos das histórias, eu faço do jeito que vai ficar mais emocionante. Eu descrevo as emoções que crio, mas não eu não sei descrever as minhas próprias. Um dia alguém me disse que eu me escondo, e que com o passar dos meus anos eu fui mudando de esconderijo.
Palavras sempre tão minhas. Quase sempre tão simples. Letras. Silabas. Palavras. Frases. Textos.
Um dia desses, quem sabe um livro. Mas como dizer o que sinto sem sentir medo de ser ridícula? Sem sentir receio que minhas palavras se transformem e motivo de chacota? Ao me expor eu deixo de ser só a mente que cria e as mãos que fazem a história existir, eu passo a ser um sentimento, só que dessa vez real.
Eu me acostumei a não sentir, ou melhor, me acostumei a não ligar e fugir. Acostumei-me a sempre ter o conforto de que se desse errado, eu teria textos bons eu teria realidade pra usar como espelho de distorção nos meus textos.
Não tenho planos de sair por ai me expondo, de abrir-me como um livro a ser descoberto. Eu queria me mostrar pra alguém, sem que as palavras sejam aprimoradas na minha cabeça, sem ter a necessidade de me esconder atrás do que eu digo.
O texto acaba aqui, o texto acaba por que não tenho mais palavras. Normalmente ele iria para a minha pasta de incompletos. Ele nasceria e seria esquecido.
Não é bem o tipo de texto que os leitores do blog gostam, não é um tipo de textos que vai ser lido até o fim. Mas ele é um pedaço da verdade, daquela que chega a doer quando sai do peito.
Um pedaço daquilo que não é atraente pra ninguém.
Um dia desses, quem sabe um livro. Mas como dizer o que sinto sem sentir medo de ser ridícula? Sem sentir receio que minhas palavras se transformem e motivo de chacota? Ao me expor eu deixo de ser só a mente que cria e as mãos que fazem a história existir, eu passo a ser um sentimento, só que dessa vez real.
Eu me acostumei a não sentir, ou melhor, me acostumei a não ligar e fugir. Acostumei-me a sempre ter o conforto de que se desse errado, eu teria textos bons eu teria realidade pra usar como espelho de distorção nos meus textos.
Não tenho planos de sair por ai me expondo, de abrir-me como um livro a ser descoberto. Eu queria me mostrar pra alguém, sem que as palavras sejam aprimoradas na minha cabeça, sem ter a necessidade de me esconder atrás do que eu digo.
O texto acaba aqui, o texto acaba por que não tenho mais palavras. Normalmente ele iria para a minha pasta de incompletos. Ele nasceria e seria esquecido.
Não é bem o tipo de texto que os leitores do blog gostam, não é um tipo de textos que vai ser lido até o fim. Mas ele é um pedaço da verdade, daquela que chega a doer quando sai do peito.
Um pedaço daquilo que não é atraente pra ninguém.
Assinar:
Postagens (Atom)