sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Acaba dia, recomeça dia, eterniza dia.

Eu vejo um clarão na escuridão do teu olhar.
É hipnótico, quase não consigo me libertar.
Minhas palavras indomáveis, fogem de mim.
Não sei dizer, então calo por sabedoria.
O silêncio sempre diz mais do que deveria.

Cai num dia onde as horas se atrasam 
meu corpo tem pressa do por do sol.
Acaba dia, recomeça dia, eterniza dia.
Sol nascente da manhã que demorou a surgir.

O castigo foi discreto, quase nem notei,
mas o sono não veio e me deixou ali
Do lado de cá do abismo, quase sozinha.

E estando cá, até o que confortava incomoda
desconforto quase imaginário, ja que tudo é igual.

Tentei ir pro outro lado, mas dai do lado do silêncio.


quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

460.

A dor se tornou palpável em alguma horas
tomando conta do meu peito inteiro.
As lagrimas escorrem como escolhe o destino.
Eu no meio disso tudo apenas me permito sentir.


Quando a fonte dos meus olhos cessa
Todo o meu corpo continua com o pranto.
A dor do fracasso vira algo físico e real.
Eu no meio disso tudo apenas tento me conter.


Algumas dores são incompreensíveis a olho nu
ao olho racional que tenta achar solução e explicação.
Me encontro sentado no chão da sala da minha alma
e as janelas permanecem abertas.


O vento vai levar pra fora o que não é meu
Sentirei a brisa no meu rosto sem lagrimas.
Hoje dediquei às lagrimas ao fracasso,
Mas sou feita de amor 
em mim existem muito mais sorrisos.



segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Alma de outono.

O calor fere a carne
e me aprisiona
mesmo que eu vista
apenas a pele.

A brisa quente aguça o desejo de fuga
desejo o frio ou a chuva.
Padecer de calor em casa
é como um amor não correspondido.

Mas meu amor
espero que entenda
Não tenho culpa
nasci com uma alma outono.

Prefiro quando o suor
é culpa do teu corpo.
E meus movimentos quentes
fluem sem anseio pelo fim.

Quando eu, entregue
obedeço os comandos
e tenho uma brisa fria
pra acalmar o calor que tu me dá.

Entenda
é tortura não poder
ser tua cama
nem travesseiro.

Meu amor
minha alma é de outono
nasci na primavera.
mas sou tua
no inverno ou verão.