Eu vejo um clarão na escuridão do teu olhar.
É hipnótico, quase não consigo me libertar.
Minhas palavras indomáveis, fogem de mim.
Não sei dizer, então calo por sabedoria.
O silêncio sempre diz mais do que deveria.
Cai num dia onde as horas se atrasam
meu corpo tem pressa do por do sol.
Acaba dia, recomeça dia, eterniza dia.
Sol nascente da manhã que demorou a surgir.
O castigo foi discreto, quase nem notei,
mas o sono não veio e me deixou ali
Do lado de cá do abismo, quase sozinha.
E estando cá, até o que confortava incomoda
desconforto quase imaginário, ja que tudo é igual.
Tentei ir pro outro lado, mas dai do lado do silêncio.