To cheia de ideias furadas, de pesamentos partidos e inseguranças cada vez mais fortes.
Minhas horas de sono estão bem maiores, já que dormindo eu não penso. Sim, eu falo como se pensar fosse uma coisa ruim, mas tudo em excesso é ruim. Eu penso e penso e não consigo chegar a nenhuma conclusão, então, eu penso mais. Daqui a um tempo vou morrer, com o diagnóstico de “Derretimento de cérebro por excesso de uso”. Tá, estou exagerando.
Eu só queria alguém que me desse segurança, alguém pra me ajudar a curar essa loucura toda. Mas não, eu só arrumo quem piore.
Eu tenho uma cara e um jeito de durona, mas eu vivo querendo achar alguém que mereça me conhecer por dentro, eu sou uma pessoa tão legal. Sou carinhosa, atenciosa, preocupada, não sou ciumenta, sou fiel, gosto de sexo pra caramba, não sou muito fresca. As vezes sou meio louca, mas ninguém é normal.
“Você precisa de alguém que te dê segurança, se não você dança!” Porra, eu já sou uma dançarina profissional. Um dançarina bem interessante diga-se de passagem. E ai, alguém me quer?
Ou melhor, alguém me quer pra me levar a sério?
Sejamos sinceros, eu já estou muito velha pra esses joguinhos, ou quer, ou não quer. Se quiser, ótimo. Se não, melhor ainda, eu fico muito bem sozinha. Mas concordemos, são muitas qualidades e loucuras pra eu guardar essa intensidade (ou insanidade) só pra mim.
Eu preciso me ver nas pessoas, me identificar pelo menos um pouco, pra achar que essa pessoa é merecedora de mim. Não é que eu me ache, eu me conheço, sei quem sou, de onde vim e do que sou capaz. Mas eu acebei de dizer que estava insegura, e realmente estou, mas não em relação a mim. Minha insegurança começa quando as minhas coisas, meus desejos, começam a depender de outra pessoa. Eu durmo tão feliz com uma mensagem de boa noite, mas também durmo bem depois de ler Clarice. Durante o dia, eu fico muito feliz com uma mensagem só pra dizer que estava pensando em mim, mas também fico bem ouvindo Chico e o Nando.
Eu acostumo com qualquer coisa, me acostumo a viver sem as pessoas, mas o fato das pessoas me permitirem acostumar me magoa, “poxa, eu estava tão afim. Agora vou ter que começar de novo, ou melhor, vou ter que continuar sendo minha de novo.” talvez, esse seja o meu erro, querer ser de alguém, querer sair de mim e viver algo novo, mas será que isso é realmente tão errado?
Não que eu seja uma louca, que viva querendo se apaixonar, mas eu acho essa história complicada demais.
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