Eu disse que os meus olhos ardiam, deve ser por que chorei
grande parte da noite. Não te culpei em momento algum, mas senti muito a sua
falta. Não consegui direito me livrar do medo e da culpa, culpa que eu mesma
coloquei em mim. Chorei baixinho, alto e até de soluçar, chorei escondido
embaixo do travesseiro. Chorei sim, mas sem aceitar as lagrimas. Eu comecei a
me culpar por ter deixado as coisas chegarem a esse ponto (Fazia tempo que eu
não chorava por medo de perder alguém.), mas como alguém conseguiria te
conhecer sem se apaixonar por você?
Eu comecei sem medo, achando que ia saber lidar. Às vezes eu
consigo até acreditar que eu sou forte. A brincadeira ficou seria e eu não
consegui mais desder do brinquedo.
Meus olhos ardem e minha cabeça doí de tanto chorar, eu
ousaria supor, se é que essas lágrimas eram reais, mas não foi por causa de
você. Você só me arranca suspiros e sorrisos. Você me faz rir igual uma boba,
sem motivo algum, me deixa feliz.
Mas meu destino brinca de contar sempre a mesma história,
brinca de rir de mim. Destino assombrado e repetido.
É bom pensar em você, desejar você e contar os dias pra
poder estar nos seus braços. Você é o homem mais incrível que eu já
conheci! Caso seja necessário, não sei
de que forma vou te arrancar da minha rotina, principalmente, por que eu não
quero tirar você de lugar nenhum.
Gosto de ser sua... Puta ou não. Quando eu estou presa nos
teus braços eu me sinto segura.
Não sei ao certo como as coisas serão daqui pra frente,
tenho medo de pensar. Mas sei que vou me acostumaria, nunca permitira que o meu
verão ressecasse o seu jardim, mas confesso preferir me acostumar a deitar
debaixo de todos os planetas com você.
Ontem eu queria devorar sua presença, te queria ao alcance
das mãos, braços e pernas. Ontem que queria ser sua de todos os jeitos. E hoje
eu continuo desejando te olhar nos olhos e sentir sua pelo suada na minha.
Gostaria de não ter inseguranças pra ter vontade de escrever
isso, não queria achar que tenho motivo pra isso, mesmo sem ter ou tendo. Acho
que nunca tinha sido tocada da força como você me tocou, você cativou algo em
mim.
“Eu não sei ele sabe o que fez, quando fez o meu peito
cantar outra vez.” – Chico B.
Preciso me conter e acalmar essa vontade que eu sinto de te
fazer feliz, de espalhar sorrisos pelos seus dias e encher a sua vida de
poesia, te tocar do jeito mais lindo. Entregar-te meus versos, tão seus. De te
mostrar que você é realmente um homem incrível, bem do jeito que eu te vejo,
mesmo com meus olhos ardendo. Não sei o
que pensar, já que muito tempo não tivemos e eu me encontro assim, te desejando
de tantas formas. Dizem que essas coisas não precisam de tempo exato pra acontecer,
mas de qualquer forma, peço desculpa pelos meus excessos, pela intensidade que
me escapa pelos dedos, não sei controlar.
Perto de você, meu corpo fica agitado e eu tenho vontade de
te rasgar e devorar inteiro, te resumir a um corpo exausto, e eu do seu lado,
tão satisfeita e feliz.
As vontades são igualmente intensas, e algumas tão urgentes.
A de te fazer rir, de desafiar teu ego, de te engrandecer,
de sentir teus diferentes perfumes, mas todos sempre tão seus. Das caras de
doido que faz quando esta pensando em algo.
O desejo de ver a cor dos seus olhos de acordo com a iluminação. De
sentir suas mãos me dominarem e desfalecer de prazer nos teus braços, de tremer
sem controle com seu corpo pesando nas minhas costas, de ver suas caras, suas
mordidas de lábio enquanto eu controlo por cima, te fazendo e sentindo você
tremer. Do mesmo jeito que eu desejo dormir e acordar no seu peito, de te dar
beijo de bom dia e te esquentar com meu corpo, mesmo as minhas mãos e meus pés
sendo frios.
Eu te desejo tanto, e assim de muitas formas. Meus olhos
ardem e minha cabeça doi. Sinto-me frágil assim, tão sua.
E por fim peço desculpas, minhas sinceras desculpas. Não
queria ser intensa assim, mas não sei ser de outra forma, te entupo de textos,
pra te dizer as coisas que sinto. Mais um texto seu, nosso ou de todos. Acho
que não sei me expressar bem por outro meio.
Sou alguém que sente demais, e ainda não saber ser tudo
aquilo que é.
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