Recolho todas as
culpas do caminho.
Tão egocêntrica que
guardo todas pra mim.
Dizem que me vejo
torta no espelho,
tão pequena
e sem valor.
Eu recolho
culpas no caminho.
É melhor pensar
que não mereço,
que minha feiura
bloqueie a oferta
de ternura.
A falta da oferta
me doi por dentro.
O egoísmo sempre
me oferece culpas.
Sempre.
Talvez eu mereça
uns castigos
lágrimas
e afins.
Me acho pouco
por isso recolho as culpas.
Quem sabe eu posso
tentar o perdão
e implorar um pouco
de amor.
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