quarta-feira, 13 de julho de 2011

Trouble.

Era claro, ele era encrenca! Ninguém precisou me contar, ele tinha cheiro, corpo, jeito, fala, beijo e pegada de encrenca. Normalmente, eu fugia dos problemas, mas aquele cheiro... E não era algum tipo de perfume, era cheiro de pele, um cheiro tão aconchegante que só me dava vontade de senti-lo cada vez mais de perto. Deveria ter alguma coisa a ver com Gene T (trouble) dele. Não sei se isso existe, provavelmente não, mas tem homens que já nascem com o dom, com o talento pra ser problema, com cheiro de problema. E o meu problema todo era o cheiro dele, não todo, mas grande parte do meu problema era sim. Vamos falar dos meus outros problemas, o seu corpo. Seu corpo era um grande problema, eu cheguei a pensar que ele malhava o dia inteiro, aquelas entradinhas do quadril que me fazer perder a linha de raciocínio, aquele jeito descolado de quem parece te conhecer só de olhar, olhar fundo, no olho, olhar firme, a voz grave, que quando falava ao meu ouvido, me amolecia os músculos, me arrepiava os poros, me contorcia a espinha. A pegada era a confirmação da existência do Gene T, por que não é possível aquilo tudo ser coincidência, é genético.
Eu não tinha pra onde ir, então fui pra onde queria ir, pra onde o instinto me impulsionava, pra cima de você.
Mas vou te confessar, que delícia de problema. E sempre tem uma coisa ruim, tá ,nem sempre, nesse caso, não tinha. Não entrarei em detalhes, não dessa vez.

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