quarta-feira, 4 de abril de 2012

Enfim

Enfim! Sim o enfim foi necessário, já que eu te desejei durante todo o dia. E agora, com o meu regresso, eu posso te entregar a minha parte que faltava, te entregar o meu corpo já que a mente nunca deixa de ser sua. Pela manha lembrei dos seus dedos gordinhos, que os dos pés, parecem porquinhos gordinhos. Já pela hora do almoço, eu lembrei dos teus cabelos, da textura, da cor dos fios e do cheiro, nessa hora, eu senti meu peito apertar de saudade e a certeza de que você estaria em casa quando eu chegasse, fez com que eu me sentisse a mulher mais feliz do mundo. Eu senti o calor dos teus olhos em minha nuca, a sua respiração em meus ouvidos... Arrepiei e morri de saudade. Pensei nos seus carinhos, na paz que me trás quando a minha cabeça esta cansada, na esperança que trás quando a minha alma está inquieta e principalmente o desejo que umas mãos conseguem atear em meu corpo.
Desejei-te o dia inteiro, suspirei lá pelas duas, senti que o dia nunca ia passar. Desejei teu beijo, aquele que começa suave, explora meus lábios e arrepia meu corpo. Aquele beijo que beija com tudo, que tem mãos inquietas que exploram o meu corpo e me apertam... Lambi os lábios, mordi o inferior... Droga, que saudade!
Eu sentia saudade de semanas, mas eu estava com você nessa noite, mas acordei sentindo sua fome, sentindo uma vontade desesperada, como se o seu gosto fosse vital para o funcionamento do meu corpo. Lembrei-me do dia do parque, em que ficamos olhando as estrelas e tentando conta-las, vendo as mais brilhantes e as que pareciam estar mais longe. Parecíamos crianças pequenas se esquecendo do mundo pra contar estrelas. Nesse dia você me ensinou a amar a lua, que era sempre tão esquecida por mim. Meu coração bateu sem jeito, arredio, me machucando dentro do peito. O dia parecia não ter fim, e a minha mente já tinha me deixado, ele foi ao teu encontro pra tentar diminuir a minha saudade. Às quatro e meia, eu senti a mesma ansiedade que senti pela manha, um pouco maior, eu ousaria dizer que foi maior, já que a proximidade da hora de voltar pra casa, me causou palpitações.
Na ida pra casa, eu fui feito menina, com um brilho adolescente nos olhos e uma vontade de correr pra chegar mais rápido. Depois de tanto tempo, o meu coração ainda dispara quando eu entro em casa e sinto seu cheiro. E eu fico louca pra sentir esse cheiro misturado com o meu.
Enfim! Enfim teu cheiro e teu toque, enfim um sossego pro meu coração que passou o dia cansando, gritando o teu nome e querendo conforto. Enfim seus braços fortes que me envolvem, e bendita são essas mãos que me banham! Receba meu corpo, esse que se diz seu; ele morreu de saudade, invada-o com amor e habite esse corpo que fica incompleto longe de você. Vem deita aqui, vem respirar o mesmo ar que eu.
Nos teus braços, enfim, eu me sinto em casa.

Um comentário:

  1. Nossa,que texto lindo, muito bem elaborado. sua escrita é incrível. òtimo! Não pare! HUIDHAD Beijoos minha linda *-*

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