sábado, 26 de maio de 2012

Não tenho um titulo pra esse.


Eu disse que os meus olhos ardiam, deve ser por que chorei grande parte da noite. Não te culpei em momento algum, mas senti muito a sua falta. Não consegui direito me livrar do medo e da culpa, culpa que eu mesma coloquei em mim. Chorei baixinho, alto e até de soluçar, chorei escondido embaixo do travesseiro. Chorei sim, mas sem aceitar as lagrimas. Eu comecei a me culpar por ter deixado as coisas chegarem a esse ponto (Fazia tempo que eu não chorava por medo de perder alguém.), mas como alguém conseguiria te conhecer sem se apaixonar por você?
Eu comecei sem medo, achando que ia saber lidar. Às vezes eu consigo até acreditar que eu sou forte. A brincadeira ficou seria e eu não consegui mais desder do brinquedo.
Meus olhos ardem e minha cabeça doí de tanto chorar, eu ousaria supor, se é que essas lágrimas eram reais, mas não foi por causa de você. Você só me arranca suspiros e sorrisos. Você me faz rir igual uma boba, sem motivo algum, me deixa feliz.
Mas meu destino brinca de contar sempre a mesma história, brinca de rir de mim. Destino assombrado e repetido.
É bom pensar em você, desejar você e contar os dias pra poder estar nos seus braços. Você é o homem mais incrível que eu já conheci!  Caso seja necessário, não sei de que forma vou te arrancar da minha rotina, principalmente, por que eu não quero tirar você de lugar nenhum.
Gosto de ser sua... Puta ou não. Quando eu estou presa nos teus braços eu me sinto segura.
Não sei ao certo como as coisas serão daqui pra frente, tenho medo de pensar. Mas sei que vou me acostumaria, nunca permitira que o meu verão ressecasse o seu jardim, mas confesso preferir me acostumar a deitar debaixo de todos os planetas com você.
Ontem eu queria devorar sua presença, te queria ao alcance das mãos, braços e pernas. Ontem que queria ser sua de todos os jeitos. E hoje eu continuo desejando te olhar nos olhos e sentir sua pelo suada na minha.
Gostaria de não ter inseguranças pra ter vontade de escrever isso, não queria achar que tenho motivo pra isso, mesmo sem ter ou tendo. Acho que nunca tinha sido tocada da força como você me tocou, você cativou algo em mim.
“Eu não sei ele sabe o que fez, quando fez o meu peito cantar outra vez.” – Chico B.
Preciso me conter e acalmar essa vontade que eu sinto de te fazer feliz, de espalhar sorrisos pelos seus dias e encher a sua vida de poesia, te tocar do jeito mais lindo. Entregar-te meus versos, tão seus. De te mostrar que você é realmente um homem incrível, bem do jeito que eu te vejo, mesmo com meus olhos ardendo.  Não sei o que pensar, já que muito tempo não tivemos e eu me encontro assim, te desejando de tantas formas. Dizem que essas coisas não precisam de tempo exato pra acontecer, mas de qualquer forma, peço desculpa pelos meus excessos, pela intensidade que me escapa pelos dedos, não sei controlar.
Perto de você, meu corpo fica agitado e eu tenho vontade de te rasgar e devorar inteiro, te resumir a um corpo exausto, e eu do seu lado, tão satisfeita e feliz.
As vontades são igualmente intensas, e algumas tão urgentes.
A de te fazer rir, de desafiar teu ego, de te engrandecer, de sentir teus diferentes perfumes, mas todos sempre tão seus. Das caras de doido que faz quando esta pensando em algo.  O desejo de ver a cor dos seus olhos de acordo com a iluminação. De sentir suas mãos me dominarem e desfalecer de prazer nos teus braços, de tremer sem controle com seu corpo pesando nas minhas costas, de ver suas caras, suas mordidas de lábio enquanto eu controlo por cima, te fazendo e sentindo você tremer. Do mesmo jeito que eu desejo dormir e acordar no seu peito, de te dar beijo de bom dia e te esquentar com meu corpo, mesmo as minhas mãos e meus pés sendo frios.
Eu te desejo tanto, e assim de muitas formas. Meus olhos ardem e minha cabeça doi. Sinto-me frágil assim, tão sua.
E por fim peço desculpas, minhas sinceras desculpas. Não queria ser intensa assim, mas não sei ser de outra forma, te entupo de textos, pra te dizer as coisas que sinto. Mais um texto seu, nosso ou de todos. Acho que não sei me expressar bem por outro meio.
Sou alguém que sente demais, e ainda não saber ser tudo aquilo que é.

domingo, 6 de maio de 2012

Já passou...


Eu estou sentada aqui há algumas horas. Perdi a conta de quantas ondas quebraram sobre as pedras, fazendo com que gotas de agua salgada respingassem na lente dos meus óculos, eu não parei pra limpar, deixei as coisas como estavam. Acendi um cigarro, eu e o vento fumamos. Lembrei-me de você, mas dessa vez, sem melancolia... Lembrei por lembrar, sei que você gostaria daqui. E por lembrar-me do pouco, lembrei-me de tudo. Você não faz mais parte da minha vida há algum tempo, eu quis assim. Mas agora me deu saudade, não sei ao certo de que... Acho que dos seus olhos mesmo. Com certeza você não tem consciência do mal que me causou e nem das cicatrizes que me deixou. Eu teria alguns bons motivos pra te odiar, desejar seus rins ao molho branco, mas já passou.
Não sei se faria algum bem pro seu ego, mas eu sofri, mais até do que eu imaginei que suportava, passei por cima de mim várias vezes e olha que eu nem achava que conseguia fazer isso. De certa forma, você me mostrou que eu não era de ferro e que às vezes, eu ia perder o controle eu não ia morrer por isso (Tudo bem, meu ego ia lá ao negativo, mas eu sobreviveria).
Doeu, chorei por algumas madrugadas, ouvi musicas que me faziam sofrer, depois, passei a evitar aquelas que me lembravam de você. Eu sentia ciúmes fortes, ciúmes que nunca saíram da minha cabeça, eu via coisas e queria chorar, eu lia coisas e sentia meu peito apertar, meu coração saltar e então, eu respirava fundo e assumia as rédeas de mim.
“Você precisa se controlar” eu dizia repetidamente em frente ao espelho, olhando-me nos olhos. Eu decidi que não te queria mais, muito antes de conseguir deixar de te querer, mas o tempo... Ah, o tempo é rei, ele passou e eu vi que tinha feito à escolha certa, e hoje me orgulho disso. Hoje eu posso estar aqui, olhando uma paisagem bonita sem te desejar aqui comigo, consigo lembrar-me do beijo sem sentir um nó no peito, pela certeza que nunca mais acharia igual. A lembrança veio de forma suave, como quando alguém passa o dedo sobre uma cicatriz funda, não dói mais, mas sempre vai saber o que causou aquilo.
Hoje já não vivo igual, meus passos são mais temerosos, confesso, mas me trouxe pra realidade em muitas coisas, no fundo acho até que sou grata.
Pensar em você sempre foi algo indesejado, aquele pensamento intruso feito erva daninha em minha cabeça, mas nessas ultimas vezes, tem sido como lembrar da vez que quebrei a perna, quando eu tinha oito anos.
Não sei se meu choro fez bem pro seu ego, nem sei se você sabe que eu chorei, mas hoje, o fato de não doer mais me faz um bem absurdo. Eu sorrio e mudo os pensamentos, o peito alivia... Já passou.