sexta-feira, 27 de maio de 2011

Idéia fixa.

Meu corpo, meus músculos, minhas juntas... tudo em mim doí. Eu estou caindo de sono, estou a mais de 48 horas sem parar. Não consigo pensar. Preciso dormir.
Pronto, eu durmo, ou melhor, dormia. Porra, tem alguma coisa vibrando em baixo da minha cabeça.
-Alô?
-Oi, tava dormindo?
-Estava, sei lá, acho que ainda estou.
-Que isso, hoje é sexta, e você já esta dormindo, a uma hora dessa!
-Que horas são?
-Onze e meia.
Na minha cabeça, já eram no mínimo umas quatro horas de manha.
-E ai, vamos tomar alguma coisa?
-Não, estou cansada, muito mesmo, se não fosse isso, eu até iria.
-Não quer me ver? Ah esqueci que você não sente saudade.
-Sim quero te ver, mas não tenho físico pra levar dessa cama antes de 20 horas de sono bem dormidas.
-Vai me deixar sozinho?
-Estou com sono. E para de fazer drama.
-Vem dormir comigo!
-Vem me buscar?
-Não sei onde você mora, mas te espero ai perto, no bar de sempre. Que horas?
-Nenhuma, eu não sair de casa.
-Sabia que eu nem queria sair de casa hoje, sabia que meio mundo me chamou pra sair hoje e eu não fui? Mulheres, amigos e a porra toda? E eu to aqui te ligando e pra variar, você está me dizendo não, de novo.
-Rafael, para de drama!
-Esse jogo está uns 6x1 você, e eu estou perdendo de goleada.
-Não, nesse jogo, sempre sou eu que perco.
-hã?
-Nada.
-Se você sentisse saudade de mim, você viria.
-Não tente medir meus sentimentos.
-Você realmente não vem, né?
-Não. E que fique claro, não é por falta de vontade.
-Vou te deixar dormir. Beijo
-Beijo.
Eu rolei na cama durante uns 20 minutos, repensei toda a conversa. Senti o desejo me entupindo os poros, uma dor por ter te dito não, de novo. Disse não. Queria ter dito sim. Ainda quero. Mas não fui, nem vou. Não vou ser aquela que atende as ligações de madrugada e sai. Não vou ser a última opção pra ninguém, muito menos pra quem sempre foi a minha primeira. Ta chovendo muito e seria ótimo dormir com você. Seria péssimo esperar não ter ninguém na minha frente pra você poder me ligar.
Etão eu desisti de me arrepender, desisti de pensar em você e de como seria bom estar contigo e me foquei na minha dor na perna. No meu sono. Se antes eu precisaria dormir vinte horas, hora eu preciso dormir umas trinta.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Seria bom.

Eu poderia te ligar, assim como quem não quer nada, dizer que acabei de ver um rapaz usando uma blusa horrorosa, super parecida com aquelas que você adora. Lembrei de você na hora e resolvi te ligar, diria que estou num restaurante perto da sua casa e pediria pra você vir me encontrar. Você demoraria mas chegaria, e então eu poderia me humilhar mais um pouco. Seria estranho eu estar em um restaurante tão perto da sua casa e tão longe da minha, mas caso fosse questionada sobre isso, eu daria de maluca.
Você me faria rir, me sentir boba e sem saber o que fazer, e então você assumiria o controle. Me perguntaria onde está o cara que quer roubar seu estilo, para poder parabeniza-lo pelo bom gosto. E eu ria constrangida pela minha mentira descarada.
Começaria a contar suas histórias de macho e eu morreria de ciumes. E eu continuaria amando seu jeito machista, e caso fosse possível, até um pouco mais.
Você se sentaria à minha frente, por que assim, poderia me olhar nos olhos, rir das minhas caras e dizer que gosta do jeito como te olho. Eu prefiro você ao meu lado, ao alcance das minhas mãos, preciso ter você perto.
Antes de ir me avisar que tem que ir embora, você olharia no fundo dos meus olhos e riria pra mim.
Eu me faria de rogada e pediria pra você ficar e você não seguindo a mesma linha, me convidaria pra ir com você. E eu iria. Sim, eu iria sem resistir ou debater, estaria entregue. Sentaria no banco na frente do seu carro, lugar que sempre julguei como meu, pelo simples azar de ainda ser tua. Depois de escolher o caminho mais longo, você começaria a me provocar, me torturaria sem me tocar até chegarmos a sua casa. E nessa hora, meu corpo já estaria pulsando, gritando seu nome. Então você me olharia com olhos famintos e calmos, alisaria minhas costas, mexeria na minha nuca e me pediria calma, com o tom mais irônico possível. Me lamberia o pescoço, sussurraria coisas inconfessáveis em meu ouvido, morderia minha nuca e me beijaria a boca. Levantaria e iria pegar vinho pra nós, vinho tinto e doce. Perguntaria o motivo de eu estar me segurando, dizia que não entendeu esse meu jogo e me mandaria beber pra relaxar. Eu sei que ele gosta do jeito que fico, quando fico altinha de vinho. Me puxaria os cabelos, me vasculharia a alma e sorriria, como se pudesse ler meus pensamentos. Me deixaria pequena presa em tuas pernas, me faria ser gigante quando me colocasse por cima, você comandaria eu seria cada vez mais sua. E entre as minhas pernas eu te tornaria um pouco mais imortal. Você dominaria meu corpo, seu corpo, nossos corpos, um corpo. Me morderia, apertaria e até me xingaria. Você ia me torturar, me enlouquecer, me humilhar e fazia implorar por mais, pra sermos um só corpo de novo.
Eu teria vontade de gritar, e com o corpo totalmente sensível você seria mais forte, mais fundo, me fazendo sentir e assistir você transformar o meu mais puro sentimento em simples luxuria. Resumindo todo meu amor em sexo. E chegaríamos juntos, forte e intensos. E eu veria o meu desejo trasbordar, minhas forças sumirem e minha felicidade exalar, porque eu estaria lá, consumando o fato de ser sua, te amando. Enquanto você, jogaria o fruto do seu de desejo no lixo, dentro de uma camisinha. Me viraria de bruços, deitaria sobre minhas costas, me morderia, respiraria ofegante em meu ouvido e diria que somos ótimos nisso. E eu me sentiria usada e útil, vazia e feliz, até dormirmos...
Mas eu não vou te ligar mesmo.

sábado, 7 de maio de 2011

Possível

De novo, de novo e de novo. Essa agonia chamada você. Esse buraco chamado saudade.
E essa merda, essa merda chamada curiosidade. Ela já matou o gato, e qualquer dia desses, vai acabar matando meu coração. Pobre coitado, a meses que não vai bem das pernas.
Essa história de choro, definitivamente, não combina comigo. Mas estão me obrigando a fazer esse papel. Uma droga.
Eu preciso de resposta, de certezas. Nunca gostei de me basear em possibilidades.
“Talvez ele ainda me queira, ainda pense em mim, talvez, um dia desses, volte pra mim, quem sabe, ele tenha mentido o tempo todo e talvez, tenha rido de todas as vezes que chorei.”
Isso me enlouquece, me priva da possibilidade do esquecimento.
De vez em quando, alguns acontecimentos, pensamentos e possibilidades (olha ela ai de novo), ainda me dão esperança, mas na maior parte do tempo, o mundo grita que não tem mais volta. Mas a minha parte irracional, quer se agarrar no impossível.
Tudo tem um começo e tudo tem um fim.
Alguém por gentileza, pode me responder com clareza, onde foi parar o meu fim?
Meu fim foi um vazio, um vazio com um milhão de possibilidades. Cada um interpreta da forma que quiser. Um final sem final, sem despedida e sem explicações. Um fim, sem certezas. 

terça-feira, 3 de maio de 2011

Num canto.


Quieta no meu canto e meu telefone toca... Pronto, meu mundo parou.

Mil coisas a fazer, mas não importa depois eu penso nisso...
Dez minutos depois, eu já to pronta. Mesmo não achando que a roupa estava boa.
Céus, vinte minutos e ele ainda não ligou confirmando se vem...
Pronto la vem a insegurança chegando, olhos cheios de lágrimas, coração aflito e uma sensação já conhecida. Esperar, esperar e você não aparecer.
O telefona toca, as lagrimas são substituídas por um grande sorriso, coração disparado, contende, porem, ainda aflito. Pronto... ele vem! Ai não acredito... Eu desconfio, eu me torturo.
Lá vai a menina apaixonada, parecendo uma amadora, coração disparado, mãos transpirando.
Eu preciso te ver, te sentir. Parece que vou morrer de saudade.
Um oi cordial acompanhado de um abraçado apertado. Bem do jeito que eu imaginei que seria.
Pronto estamos sentados, um do lado do outro como se fossemos amigos, conhecidos, pessoas normais. Meu peito gritava, me pedia coisas loucas, implorava por você.
Você não me olhava, nem por um instante, parecia que tinha medo de me tocar. Confesso que já estava desesperada, quase implorando por um olhar, um toque, um beijo.
Quando eu já estava desistindo, cansada, sangrando... Você me olhou e eu pude sentir que você também queria.
E antes que eu pudesse me confortar, você começou a fugir de novo
Você não me olha, parece ter medo de mim. Então te faço um carinho singelo, você não me contem mas também não retribui .Eu continuo , meu coração feliz, disparado, angustiado, em pedaços...
Te peço um beijo e você me olha com um olhar de “não faz isso comigo”.
Me leva,me pega, me joga, me olha nos olhos, vasculha minha alma, seu corpo no meu corpo,
respiração ofegante... Pronto você está aqui, você é meu. E neste instante meu coração voltar a bater no mesmo ritmo que o seu.
Estou aqui, sua, entregue... te vivendo, te beijando, te amando te sentindo.
Não precisou dizer nada pra eu entender tudo, me olhou e me esclareceu todo o meu medo.
Um eu te amo fugido, dito meio sem querer dizer... confirmou o que eu sentia.



domingo, 1 de maio de 2011

Droga!


Você pra mim

foi como uma droga.
A Mais deliciosa que provei
me viciei de imediato
e quando estava no auge da dependência
você sumiu.
Me deixando na vontade
sempre com essa vontade de mais
te procurando nos cantos nos outros.
Você é a droga, que se recusa a ser usada por mim
se recusa a por um fim desse desconforto
como se me obrigasse a viver em eterna abstinência.