sábado, 30 de julho de 2011

As noites de insônia.

Eu vou é dormir mesmo, ele não vai falar comigo, o meu celular não vai tocar e eu realmente preciso desligar do mundo pra acabar não fazendo uma besteira. Porra, eu pagaria pra fazer uma besteira. "Alô, desculpa te perturbar, mas na frente da sua casa tem uma praça? Hum, então estou sentada aqui, em frente a sua casa, vem me ver?” Isso não seria legal...  Eu não quero escrever e não estou conseguindo ler nada, olha, eu estou com saudade. Tudo bem, problema meu, eu que não quero mais. E não estou querendo discutir, nem dar de maluca, mas eu estou com saudade! Não sei lidar com ela! Eu já dei vinte passos à frente, mas quando ela chega eu quero correr 100 pra trás. Correr como louca e jogar tudo isso pro alto, essa é a minha vontade. Mas eu vou dormir, amanha isso passa, amanha eu vou estar mais forte. Não vou conseguir dormir, eu sei, já estou nessa lenga-lenga de ir dormir a horas. Você não vai ligar, eu no seu lugar não ligaria pelo menos. Mas eu no seu lugar não faria um monte de coisas. Sono, por favor, já pode se manifestar, eu estou precisando desconectar minha cabeça. Acho que perdi meu celular, bem agora, merda! Quero ouvir sua voz. Não, não vou! Seja forte mulher! Ele me disse que eu estou fazendo tudo errado, que estou enfiando os pés pelas mãos. Eu já acho que estou protegendo as mãos, por que ficar dando murro em ponta de faca nunca é agradável. E eu me pego pensando naquele bico, aqueles lábios que quando juntos, não ficam completamente unidos, ainda formam uma brechinha, um pequeno espaço, lindo demais. Eu seria capaz de passar horas me perdendo e me encontrado nesse abismo. Procurando e tentando ver outros detalhes pra amar.
Mesmo juntos, não ficam completamente unidos... Assim como nós, quando erámos nós. Infelizmente as atuais atitudes não mudam as antigas, arrependimentos não reconstroem confianças quebradas. Uma hora ou outra o sono vem, daqui a pouco eu durmo. E acordarei pensando desse mesmo jeito, com saudade, quase te ligando, olhando fixamente pra sua foto e pensando: “ Porque você tinha que estragar tudo?” 

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Não se apaixone

Eu posso até te dar todos os motivos do mundo. Eu sou uma mulher legal, mas no fundo, eu sou louca. Eu enjoo de tudo, eu mudo muito rápido. Eu sou melhor sozinha.
Sim, eu sou sou uma ótima companhia. Sei bem das minhas qualidades e defeitos, sei bem do meu eu. Não gosto de magoar ninguém, não estou aqui pra isso.
Mas a parte do “Não é você, sou eu” sempre chega. E não é nem um tipo de clichê, o problema sou eu! Eu sou chata, eu mudo, nunca sei o que quero. Mas sempre sei o que eu não quero.
Não quero fazer ninguém perder tempo, ninguém quer perder tempo. Não gostaria de me fizessem perder tempo. Então, se apaixonar por mim nunca é um bom negocio, eu sou chata e louca. Você vai ficar confusa e eu vou ficar me sentindo mal, eu odeio me sentir mal. Você vai me achar diferente, tudo bem, eu realmente sou diferente, mas não sou fácil de lidar. Eu dificilmente me apaixono por quem já esta apaixonado por mim, eu dificilmente fico com quem está apaixonado por mim.
Eu gosto da paixão, por que ela age em mim como um remédio bloqueador de neuroses, eu preciso dessa chatice bem controlada pra conseguir conviver dos outros seres humanos. Mas logicamente, isso não vem escrito na minha testa, por isso as pessoas se apaixonam por mim. Eu me conheço à alguns anos, sei bem de mim e sei que o problema realmente sou eu. “O problema não é você, eu que sou louca mesmo.” Eu não gosto dessa verdade, mas ela é real pra mim. Eu posso namorar com alguém? Logico que posso, mas eu preciso estar apaixonada, preciso sair de mim, estar dopada de paixão, ela camufla toda a minha loucura. Isso pode ser chamado de loucura, eu  não sei.
Esses são motivos suficientes pra ninguém querer se apaixonar por mim, pelo menos eu acho. Não que eu me ache, que eu pense que todos se apaixonam por mim, esse realmente não é o caso. Eu tenho dificuldade em relacionamentos, essa dificuldade em me entregar. No fundo, eu preciso ser roubar de mim, antes de começar a enlouquecer.
Por que quando eu acho que vou magoar alguém eu sumo, dou fim no que estava apenas começando.  
Só eu tenho que aguentar a minha loucura.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Desse jeito errado.

Eu gosto do seu jeito, tudo bem que às vezes ele me deixa muito irritada, mas eu gosto. Como aquela vez, lembra? Aquela vez que ficamos brigando e fazendo as pazes o dia todo, você gosta de me irritar e eu sempre caio fácil na pilha, sempre caio nos pedidos de desculpas fofos, sempre me perco nos teus olhos lindos. Nem sei se sou tão fácil assim, eu não costumava ser, e nem tenho certeza se eu estou realmente sendo. Eu nem deveria estar escrevendo isso aqui, realmente não deveria. O jeito como você me provoca sem se importar onde estamos, eu fico com vergonha e você nem liga. E você sempre me mandando relaxar. As suas caras me encantam demais, aquela cara linda de criança de três anos me pedindo pra ficar mais um pouco, mas eu nunca ficava. Eu estava mais preocupada em não me envolver demais do que em te curtir, em nos curtir. Agora eu fico assim, cheia de vontade, cheia de saudade.
Sinto falta da sua cama, do seu travesseiro que engolia a minha cabeça, de jogar seu vídeo game, de te ganhar na corrida, sinto falta dos seus carinhos, de te fazer carinho, sinto falta da sua orelha, Eu sinto tanto a sua falta, e nesses dias de muita saudade a minha cama parece que triplica de tamanho, e por mais que eu a encha de travesseiros e coisas de pelúcia, ela continua gigante e eu continuo sozinha.
O seu jeito estupido, arrogante, todo idiota... Meu estupido, arrogante e idiota. Eu te aceitaria com todos esses defeitos, eu aceitaria todos esses pequenos defeitos, mas infelizmente, você mente, eu descobri que você mente. E eu estou sempre descobrindo alguma coisa, eu estou cada vez mais desconfiada. Eu não aguento mentiras. Droga, eu me apaixonaria por você. Eu estava fazendo muita força pra passar por cima de mim, eu... Queria ir fundo nessa. Mas você me fez desistir, fez minha razão gritar e tomar o controle. Eu passaria por cima de mim, de todas as minhas neuroses e inseguranças, mas agora, infelizmente, tenho que passar por cima de outra coisa.

sábado, 23 de julho de 2011

Você sabia...

Sabe, te odiar foi bem mais fácil, eu pelo menos, ainda podia falar com você, mesmo que fosse só pra brigar. Quando sentia muita saudade, arrumava uma briguinha, qualquer motivo pra ouvir sua voz, mesmo que acabasse magoada ou te magoando depois. Era tão mais simples, camuflar minha vontade atrás da raiva, da implicância. Mas eu decidi me afastar, parar de te odiar pra ver se conseguia deixar de te amar. Deixar de te amar, putz. Meu “ódio” tinha ficado manjado demais, todo mundo já conseguia perceber meus reais sentimentos, então mudei. No fundo eu precisa mesmo mudar, eu estava acabando comigo, contigo e com o que restava de nós. Eu por puro egoísmo, eu insistia em brigar e brigar. Mas parei. Passei a te ignorar, passei a não ter mais pra onde fugir quando tenho vontade de ouvi sua voz. Não tenho mais problemas em frequentar os mesmos lugares que você, eu apenas finjo que você não está lá, finjo que não estou morrendo, sinto a minha força crescer a cada dia pra conseguir segurar essa saudade. Olha, te ignorar me doí tanto. Não te olhar, não sentir seu cheiro, te ver usando bermudas florais ridículas sem poder falar nada, não brigar, ter que engolir o meu ciúme. Ter que me focar em outras coisas pra não me focar em você. E de certa forma, me tornar uma mentirosa, dessas que mentem com um olhar, dessas que mentem pro espelho.
Eu apaguei seu numero do meu celular, mas ainda sei de cabeça. Merda, agora eu te ignoro. Agora eu digo que não, eu não te falo mais contigo, eu não fico procurando motivos na internet pra poder te ligar pra brigar, quando na realidade, eu só queria um desejo de boa noite. Eu faço tanta força não te atender, eu faço força pra conseguir fazer tudo isso virar realidade, a indiferença ou até mesmo o ódio. Mas você não é nada e eu vivo muito bem sem você.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

A estrada.

A ideia era assistir o por do sol na estrada, mas eu precisava me manter acordada pra isso. Eu não tinha que dormir, só isso. Estávamos conversando, aqui o assunto sempre fluí. Ele tem a habilidade de me divertir, o dom de conseguir me tirar um sorriso, não importa qual seja a situação. Se eu fosse apaixonada por ele, eu seria bem feliz. Ele de fato é o tipo de cara certo. Quando as minhas músicas preferidas começaram a tocar, ”as suas músicas de gente estranha”, como ele insiste em sempre dizer. Mas mesmo assim, se deu ao trabalho de colocar aqui, só porque eu gosto. Eu passei a sentir mais sono, e quando dei por mim, sentia uma luz forte aquecendo meu rosto, quando abri meus olhos o vi, lindo,  rindo pra mim. Perguntei por que ele não tinha me acordado. Ele disse que não me acordou por que era egoísta, egoísta ao ponto de não querer me acordar só pra poder continuar a me ver dormir. Paramos.  Estava tudo tão lindo. Era um espaço gramado com muita vegetação rasteira, e tudo estava cheio de orvalho. Quis muito fotografar aquele momento.  Ele me abraçou, e sorriu. E eu quis estar apaixonada por ele.
Vamos Cupido, essa é a hora, joga a flecha! Ele é cara! Mas não, nunca rola. O Cupido é meu, mas ele nunca me obedece, acho que essa não uma opção pra ele, de forma alguma. Mas o momento era lindo. Os primeiros raios de sol do dia foram meus, os primeiros olhares do dia, foram meus. O momento era meu, você era meu, e eu também era minha. A única coisa minha que ele conseguiu ter, foram as minhas musicas de gente estranha.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Remorso.

Um milhão de coisas a serem feitas, não tenho nem ideia de como começar. Isso ai, parabéns pra minha desorganização, parabéns a minha capacidade de deixar tudo pra se fazer na final de semana. Não posso nem pensar em sair de casa. Uma droga, eu trabalho a semana toda, e no final de semana, nem posso me divertir. Acho que estou de mau humor, é melhor eu desligar o celular... Triiiiiiiiiiim! Tá bom né, a gente fala a palavra telefone e ele se manifesta, vou aproveitar e esse momento e dizer outras coisas, vai que rola né, amor, dinheiro, namorado... triiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiim! Ih... misericórdia!
- Alô.
- Oi, e ai, tudo bem.
Ai gente, hoje não é dia! Não, as coisas estavam ruins e agora estão péssimas.
- Tudo ótimo e contigo?
- Melhor agora.
Por quê? Falar com uma babaca te agrada?
- Hum.
- Então, esta de bobeira hoje? Quero te ver.
Merda.
- Estou sim, estava querendo mesmo alguma coisa pra fazer.
Mentirosa, m-e-n-t-i-r-o-s-a!
- Estou com saudade e com “aqueeela” vontade.
...
- Vem me buscar que horas?
- Daqui a umas duas horas, pode ser?
- Pode, até daqui a pouco. Beijo.
- Outro.
Bacana hein, esse telefonema era tudo que eu precisa hoje. Parece que tem um sexto sentido, que sempre o avisa as piores horas pra me procurar. E eu vou né, sempre vou, não tenho escolha. Se eu for eu vou me arrepender e ficar mal, e quem sabe, com sorte, eu consiga fazer alguma coisa de produtivo no que me resta de final de semana. E se eu não for, eu vou me arrepender e ficar mal, vou ficar imaginando coisas idiotas, pensando em zilhões de possibilidades e me torturando mais um pouco.
Gostaria de ter uma saudade igual a sua, que demora meses pra vir e quando vem, vem forte, e você consegue dar uma solução pra ela com apenas um telefonema, uma única ligação e a pessoa esta lá. Gente, que simplicidade. Até no tipo de saudade eu tenho azar, a minha é chata, insistente, tão costumeira que eu já convivo relativamente bem com ela. A gente vem se respeitado, convivendo bem e nesse acordo, ninguém machuca ninguém. Mas quando ela bate forte, ela me machuca com mais força, por que infelizmente eu não consigo dar solução pra ela com apenas um telefonema.
Contigo, eu vivo me arrependendo, me arrependo de ir, de ficar, de falar, de calar, de te atender, de desligar, me arrependo de fazer, de negar. Me arrependo de tudo que faço contigo. Me arrependo de ser pra você “aqueeela” vontade, só “aqueeela” vontade. Me arrependo por você ser todas as minhas vontades, “aqueeela”, aquela, AQUELA, essa, e a outra. A da manha e a da noite, a camuflada, a de sempre.
Alguns casos são vaidade, egoísmo, luxuria, mas o meu caso contigo é remorso. Do consumado ao apenas imaginado. Mas eu vou, vou te encontrar mesmo assim. Sei que vou me arrepender mesmo, e já que o remorso é certo, vou tentar me livrar pelo menos da saudade.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Trouble.

Era claro, ele era encrenca! Ninguém precisou me contar, ele tinha cheiro, corpo, jeito, fala, beijo e pegada de encrenca. Normalmente, eu fugia dos problemas, mas aquele cheiro... E não era algum tipo de perfume, era cheiro de pele, um cheiro tão aconchegante que só me dava vontade de senti-lo cada vez mais de perto. Deveria ter alguma coisa a ver com Gene T (trouble) dele. Não sei se isso existe, provavelmente não, mas tem homens que já nascem com o dom, com o talento pra ser problema, com cheiro de problema. E o meu problema todo era o cheiro dele, não todo, mas grande parte do meu problema era sim. Vamos falar dos meus outros problemas, o seu corpo. Seu corpo era um grande problema, eu cheguei a pensar que ele malhava o dia inteiro, aquelas entradinhas do quadril que me fazer perder a linha de raciocínio, aquele jeito descolado de quem parece te conhecer só de olhar, olhar fundo, no olho, olhar firme, a voz grave, que quando falava ao meu ouvido, me amolecia os músculos, me arrepiava os poros, me contorcia a espinha. A pegada era a confirmação da existência do Gene T, por que não é possível aquilo tudo ser coincidência, é genético.
Eu não tinha pra onde ir, então fui pra onde queria ir, pra onde o instinto me impulsionava, pra cima de você.
Mas vou te confessar, que delícia de problema. E sempre tem uma coisa ruim, tá ,nem sempre, nesse caso, não tinha. Não entrarei em detalhes, não dessa vez.

domingo, 10 de julho de 2011

A nossa.

Eu descobri que estava apaixonada quando percebi que eu amava em você, tudo aquilo que normalmente eu odeio. Sabia que você era o oposto do que queria, mas de algum jeito, se tornou o que eu sempre quis. E lá estava eu, perdida, te amando. Me diminuindo pra você poder ficar em mim, sem se sentir pequeno. Logo eu que sempre impus minhas vontades, estava me podando pra ser igual à você.
Me disseram que eu não deveria me mudar ao ponto de não me reconhecer, mas eu mudava por não me reconhecer mais minha e, principalmente, por querer ser cada dia mais sua. Com você eu fico melhor, mais corajosa, saio sem rumo por ai, fico menos careta, menos eu. Perco todos os argumentos quando você me pergunta: E daí, o quê que tem? Tem você, eu iria pra todos os piores lugares do mundo se você estivesse lá. Eu vi, eu te amava. Me amava por que tinha você em mim. Eu percebi que eu não era mais minha. Eu te pedi, como eu pedi pra você nunca me deixar, por que eu tinha deixado de ser minha, e não sabia mais ser outra coisa a não ser a sua menina, tão encolhida, tão compacta pra você não parecer bobo. Mas a boba agora era eu. Tão sua.
Não paro de pensar em como eu faria pra viver se isso acontecesse, como eu respiraria, como eu... Aprenderia a ser minha novamente, será que eu seria igual, será que eu deveria estar realmente pensando nisso? Droga, eu sinto tanta falta de mim, mas eu amo tanto ser sua. Algumas vezes, quando eu falo alguma coisa idiota, só pra entrar no seu assunto, só pra parecer que estou super entrosada no seu mundo. Eu me pergunto tanto, se você me ama pelo o que eu sou ou pelo o que eu me tornei. Nossa eu sou tão diferente de mim.
Gosto muito de ser sua, mas sinto tanta saudade de ser minha. Meus Deus, como eu gostaria de poder ser as duas coisas.