quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Da forma errada.

Você deveria ter sido o homem da minha vida. Deveria ser sido o porto seguro mais eficaz do universo. Deveria ter sido muitas coisas, já que tinha uma grande chance não mãos, mas acabou se tornando o exemplo de tudo que eu não quero ser.  Uso a minha força pra tentar passar por cima da dor, dor que já deveria ter sumido ou já ter deixado meu corpo imune. Mas eu te amo mesmo! Acredito que nunca consiga deixar de amar. Mas teu amor me destrói por dentro, me sufoca e oprime. Um estranho amor.
A presença amedronta e a ausência parece ser a melhor solução do mundo. O meu colo me deixou cair no chão. A segurança me deixou tremer de medo. A paz me apresentou o caos.  A companhia me deixou sozinha. Você me limitou e destruiu.
Ao amor que deveria ter sido o exemplar, eu procuro a distancia. O coração já não aguenta e o corpo ainda indo pelo mesmo caminho. O meu primeiro amor nasceu errado, cresceu torto e sozinho. Infelizmente não consegui cura-lo.
Acredito que ele viva pra sempre, longe de você e apenas em mim. Vai me ensinar a ser melhor, vai ser o que me permitirá nunca ser um amor que machuca.
Mesmo sem você plantar o meu amor floresceu. Floresceu e morreu sem ser colhido.
Hoje ele é cansado e precisa existir em outro canto. Eu estou fraca e preciso me reconstruir em outro lugar.

Adeus.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Eu sempre precisei

Não a melhor forma de começar a dizer essas coisas, não sei mesmo. São muitos sentimentos, lembranças ruins e sei que a maioria delas você nem deve se lembrar. Por me sentir muito diferente e ser sensível demais, meu cérebro sempre acabou por me fazer “esquecer” as coisas que mais me machucam. Vou tentar lembrar de algumas , mas quero deixar bem claro que não quero que minhas palavras machuquem mais você.
Eu escolhi escrever por que me sinto mais a vontade assim. Desculpe se não foi desse jeito que você imaginou, mas esse é o melhor que posso fazer agora. E quero deixar bem claro que estou falando das minhas magoas e dos seus defeitos que eu não gosto, em nenhum momento estou dizendo que você seja um monstro e que não faça nada de bom por mim. Por favor não coloque palavras na minha boca. Qualquer duvida, me questione.
Basicamente eu me sinto emocionalmente ferida pelo seu jeito de manipular as coisas e eu realmente acredito que você abusou e abusa do minha personalidade mais dependente. Você sempre fez eu me sentir culpada e a pior pessoa do mundo... Durante muito tempo eu realmente acreditei. Hoje em dia não posso afirmar que já não penso assim. 
Eu te acho malvada, não sei ao certo como isso funciona em você, não sei se tenta lutar contra, eu não posso afirmar. Mas eu sei que você usa palavras pra me ferir e faz de proposito. Não entra na minha cabeça que você faça certos tipos de crueldade sem querer, você sabe da minha sensibilidade e por mais que eu tentei deixar pra lá, isso é algo que me machuca muito. Não sei se você tinha boas intenções, que você quis me deixar mais dura, mas você só conseguiu me deixar mais dura em relação a você. Você faz as coisas, não assume e não é só por que eu não te confronto que eu não percebo e me magoo. Não vale a pena conversar, você não assume que esta errada e SEMPRE me faz sentir culpada. Não sei se foi com um proposito ou se por falta se sensibilidade. Te ver desse jeito não é bom, nunca foi bom pra mim.
Durante a infância eu me sentia sozinha, buscava abrigo em Esther, coisa que faço até hoje, já que  simplesmente não consigo confiar em você, não consigo confiar que você estará ali caso fosse preciso. As vezes que recorro até você é por teimosia, por achar que algo pode mudar e que sei lá, teu instinto  possa aflorar do nada. Eu me afastei de você por me sentir mais segura assim.
Sinto que você tem algum tipo de diferença em relação a mim, durante muito tempo achei que era por eu ser uma pessoa  horrível. Já cheguei a conclusão de que tem algo em mim que te incomoda muito, algo que você não consegue controlar quando tem raiva de mim. Você me fere e faz de proposito. Não sei se se arrepende depois, mas eu sei que nunca me pede desculpa. 
Na minha cabeça, você é a única pessoa do mundo que deveria cuidar de mim e você não faz, talvez a culpa seja minha. Ou então a culpa não seja de ninguém.
Somos pessoas absurdamente diferentes, talvez isso te incomode. Essa semelhança física tão grande e sem nenhum traço teu de personalidade. Eu já tentei te entender de todas as formas. Em todos esses anos, eu juro que tentei. Até hoje eu tento. Meu erro pode ser esse também, tentar entender tudo e todos, me sentir inferior ao ponto de preferir calar. Algumas pessoas dizem que você faz essas coisas pra me manter por perto, outras acham que você tem ciúme de mim por alguma coisa, eu particularmente acredito que tenha algo em mim que te incomode muito. Você me ama muito, eu sei e imagino que deva ser difícil sentir esse tipo de coisa. Pessoas me julgam, pessoas que não convivem com você principalmente. Por muito tempo achei que a culpa era minha, talvez por ser muito levada. Talvez. Mas pra mim isso não justifica, mas pode ser uma possibilidade.
 Eu não quero ser cruel, e tentei muito não ser, desculpa se fui.
Você é vingativa e isso é muito ruim, principalmente quando você se vinga de uma criança.
 Você tem uma politica de terror, e isso acabou comigo.
Te acho má por me ‘crucificar’ por coisas que você não faz, por colocar responsabilidades suas em mim e não me ajudar nem um pouco a carregar. Você afirma que também não pediu pra nascer. Nunca recebi um apoio seu e eu sempre precisei de apoio. E eu sempre precisei de você. 

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Quase...

Espero por dias em que eu passe quase perto da sua rua e não me sinta quase completamente sua, ou quase completamente vazia sem você.
Você deixou de fazer parte dos meus assuntos de bar, mas insiste em ser meu assunto de bêbada.  A lembrança do teu olhar quase me atravessa a alma, me arranca um pedaço e me faz chorar. Mas eu sou forte, fiquei bem melhor depois que a insônia passou e eu queimei tudo que tinha o seu cheiro. Eu precisava te arrancar de mim, o teu cheiro me enlouquecia e eu te procurava sempre que caia no sono. Quase enlouquecedor.
Eu sou quase feliz, estou quase bem, quase em outra, e volta e meia quase te ligo antes de dormir. Mas eu não sou culpada! A culpa é do trajeto do meu ônibus. Ele passa quase perto da sua rua e alimenta a minha vontade de te ver.
Talvez eu esteja louca, mas certamente eu ando morta de saudade! Saudade de como você sabia anular a existência de tudo que me tirava o sorriso, das orelhas, do jeito de umedecer os lábios. Saudade de achar que você era meu. Ou quase.


Espero pelo dia em que eu não te veja em outros corpos, que eu não lembre mais o seu cheiro e nem a textura do seu travesseiro, que eu perca seu endereço e que eu não precise mais do “quase” pra tentar deixar a minha situação menos patética.